Espanha
Plus ultra, que significa Más allá! Não é por acaso que este é o lema de Espanha, um país para lá de simplesmente magnífico: oito mil quilómetros de praias luxuosas, montanhas, laranjais, gente sorridente e simpática?
Informações gerais
O quarto maior país da Europa ocupa quase toda a Península Ibérica. Mas não é só aí que se encontram as possessões espanholas: como ecos dos tempos gloriosos da corte real de Madrid, possui várias ilhas, entre as quais as Canárias e as Baleares, duas cidades no norte do continente africano, Ceuta e Melilla, bem como vários territórios soberanos na costa mediterrânica de África.
Um pouco de história
A Espanha surgiu como Estado em 1479, através do casamento dinástico do rei Fernando II e da rainha Isabel I de Castela, que levou à unificação das várias terras espanholas.
Antes disso, o país tinha passado por vários períodos difíceis: romano, gótico, muçulmano e a Reconquista. Durante este período, as terras da Península Ibérica passaram repetidamente de um governante para outro, mudando até a religião, quando a península foi invadida pelos árabes.
A prolongada guerra contra o domínio muçulmano, que durou quase setecentos anos, terminou em 1492 com a vitória dos cristãos espanhóis e portugueses.
Este ano é considerado o ponto de partida da história do Império Espanhol, que nessa altura já tinha enviado vários navios para conquistar novas terras. Cristóvão Colombo foi o mais afortunado de todos: o corajoso navegador descobriu ao mundo o continente norte-americano, embora inicialmente se pensasse que se tratava da Índia Ocidental.
Pelos seus serviços, Colombo recebeu o título de don e outros privilégios, que lhe foram retirados e devolvidos alguns anos mais tarde.
À primeira expedição seguiram-se outras três: navios carregados de padres, funcionários e trabalhadores partiram para estabelecer colónias nas novas terras espanholas.
Nos porões dos navios, as vacas mugiam, as ovelhas baliam, os porcos grunhiam e os sacos de sementes de frutos e legumes eram embalados. Os preparativos para a mudança foram meticulosos, a fim de organizar a vida dos novos colonos da melhor forma e o mais rapidamente possível, de modo a iniciar a domesticação da terra.
Já profundamente doente, Cristóvão Colombo conseguiu alargar as possessões do império com as suas novas descobertas: as Índias Ocidentais, a Jamaica, as Ilhas Virgens, Cuba e outros territórios.
Colombo morreu em 1506, em Sevilha. As suas cinzas desordenadas não foram repousadas durante vários séculos: foram transportadas para Hispaniola (atual Haiti), depois para Cuba, e só no século XIX é que o grande navegador encontrou finalmente um local de repouso permanente: os seus restos mortais foram devolvidos a Sevilha. O túmulo do lendário descobridor de continentes pode agora ser visitado na catedral da cidade.
Por seu lado, a conquista das Américas, não só a norte, mas também a sul, continuou: o Império Espanhol foi tão bem sucedido que se tornou proprietário de vastos territórios em todo o mundo. Foi a primeira potência europeia a colonizar em grande escala, não só em termos territoriais mas também religiosos.
Os povos tribais do México, Chile, Peru, Filipinas e outras terras da América do Sul e do Norte foram convertidos ao catolicismo.
Esta foi a Idade de Ouro da Espanha dos Habsburgos, que durou até ao início do século XVIII. A morte do último imperador espanhol foi um momento muito aguardado por todos: o principal herdeiro de uma fortuna considerável, o duque francês Filipe de Anjou, o Sacro Imperador romano Leopoldo e outros monarcas do mundo.
A Guerra da Sucessão Espanhola começou e durou treze anos. O resultado foi a derrota da Espanha: o rei do enfraquecido império foi proclamado Duque de Anjou, agora Filipe V, e as terras passaram para as mãos dos "comparsas" e parentes mais próximos, os Habsburgos austríacos, bem como da França, Inglaterra e Holanda.
No entanto, este foi apenas o início da queda do outrora poderoso império: na América do Norte e do Sul, no século XIX, o movimento de libertação nacional contra o domínio espanhol estava a ganhar força.
Na década de 1920, a autoridade real em Espanha estava de tal forma enfraquecida que foi instaurada no país a ditadura militar do General de Rivera e o rei demitiu-se completamente.
O poder dos militares não durou sequer dez anos: em 1930, o general ditador abandonou o país e, um ano depois, o rei Afonso XIII fez o mesmo. Houve um curto período de completa ingovernabilidade em Espanha, que terminou com a chegada dos radicais ao poder. Começava assim o período republicano na vida do país, que desde os seus primórdios tinha sido sempre uma monarquia.
Dois anos mais tarde, uma ditadura ainda mais brutal foi instalada em Espanha quando, após uma sangrenta guerra civil, um general nacionalista, Francisco Franco, chegou ao poder. Todos os partidos foram proibidos, exceto a Falange, a força política que apoiava o novo ditador.
Em 1947, no entanto, a monarquia foi restaurada no país por decreto do caudilho, embora de uma forma totalmente formal: o trono real permaneceu vazio até à morte de Franco, em 1975. Quando o caudilho foi enterrado, Juan Carlos I, o monarca que governou Espanha até há poucos anos, foi proclamado rei. Em meados dos anos 70, o país libertou-se finalmente da ditadura fascista: começou aqui a era das transformações e reformas democráticas.
Desde 1986, a Espanha é membro da União Europeia, um país com uma economia altamente desenvolvida, dominada pelo sector agrícola de alta tecnologia. As regiões do norte e do sul não estão igualmente desenvolvidas: no sul há mais desemprego, enquanto no norte se concentra toda a produção industrial.
Os sentimentos separatistas, que são muito fortes no País Basco e na Catalunha, duas regiões autónomas, também contribuem para os problemas.
Geografia e clima
A Espanha tem fronteiras com cinco países: França, Andorra, Portugal, Gibraltar e Marrocos, em África, que fica a apenas nove quilómetros de distância. O país é banhado pelo Oceano Atlântico e pelo Mar Mediterrâneo, e das suas regiões centrais até à costa são cerca de 300 quilómetros. A Espanha é um país montanhoso: 90% do seu território é constituído por montanhas e planaltos.
O clima é muito quente: não é por acaso que a Espanha é considerada o país mais quente da Europa. A maior parte dos dias do ano são soalheiros: pelo menos 260. Os Verões são secos e quentes. As temperaturas atingem os 40 graus Celsius, mas nas regiões do norte são visivelmente mais frescas: 25-28 graus Celsius. Os Invernos são quentes e amenos: o termómetro raramente desce abaixo dos 10-12 graus Celsius, embora por vezes se observem geadas, sobretudo no noroeste.
Língua, população, moeda
A Espanha tem cerca de 46 milhões de habitantes e o espanhol é a língua oficial. No entanto, outras línguas autóctones, como o basco, o galego, o aranês, o catalão, o valenciano e o balear, têm também estatuto oficial. São utilizadas nas comunidades autónomas.
Vivem no país muitos imigrantes de todo o mundo, que representam pelo menos 15 % da população. As pessoas são atraídas pelo clima favorável, pela excelente ecologia, pela legislação amena e pelas boas oportunidades de negócio.
A moeda espanhola é o euro, que substituiu o peso espanhol após a adesão do país à União Europeia. É necessário um visto de entrada se estiver prevista uma estadia prolongada no território do país: mais de 90 dias.
Como chegar a Espanha
Há muitas maneiras de chegar a Espanha:
De avião: esta é provavelmente a forma mais rápida e confortável de viajar. A Espanha tem numerosos aeroportos internacionais em várias cidades, como Madrid, Barcelona, Valência, Sevilha e muitas outras.
De comboio: a Espanha tem uma excelente rede ferroviária e muitas cidades da Europa têm comboios directos para Espanha. Por exemplo, podes apanhar um comboio de Paris, Londres, Lisboa e outras grandes cidades.
De autocarro: Esta pode ser uma opção mais barata, embora menos confortável. Há muitas empresas de autocarros internacionais que oferecem viagens para Espanha a partir de outros países europeus.
De carro: Se preferires conduzir, podes chegar facilmente a Espanha de carro a partir da maioria dos países europeus. Por exemplo, podes apanhar um carro em França ou em Portugal e atravessar a fronteira para Espanha. Também é possível se estiveres num continente vizinho, como África. Podes chegar à fronteira espanhola de carro, atravessando Marrocos e atravessando o Estreito de Gibraltar de ferry.
De barco: existem algumas rotas de ferry que ligam Espanha ao resto do mundo. Por exemplo, se estiveres na América do Norte, podes chegar à Europa de barco e depois continuar a tua viagem para Espanha de comboio ou de carro. No entanto, a viagem será bastante longa e cara.
Onde ficar?
A época alta nos destinos de praia espanhóis começa em maio e termina em outubro, o que é algo a ter em conta para quem vai de férias a Espanha no verão. Os preços dos quartos de hotel e dos apartamentos atingem o seu pico nesta altura.
No entanto, os outros meses também podem registar um afluxo de turistas, porque todos vêm a Espanha com os seus próprios objectivos e não se trata apenas de férias na praia. As estâncias de esqui espanholas são muito populares entre os praticantes de esqui extremo, pelo que, de meados de dezembro a meados de abril, a Sierra Nevada, La Pinilla e Valdesquí, as principais estâncias de esqui do país, estão cheias de gente e os preços também sobem em flecha.
A primavera espanhola é uma explosão de verdura e flores, o perfume inebriante das amendoeiras em flor, e também a época das festas mais brilhantes e espectaculares. Os turistas vêm aqui para ver espectáculos e participar nas festividades: só o Festival de Marionetas de Valência vale a pena! Tradicionalmente, realiza-se em março, mas os bilhetes e os quartos de hotel devem ser reservados com pelo menos um mês de antecedência: tudo se esgota à velocidade do som.
A indústria hoteleira em Espanha está desenvolvida a um nível muito elevado. Os turistas têm à sua disposição opções para todos os gostos e orçamentos: desde o mais simples alojamento em albergues até às luxuosas penthouses dos hotéis mais caros.
No entanto, se comparares os preços com os de outros países europeus, para onde os viajantes preferem ir, tens de admitir que as férias em Espanha não são baratas.
Aqui tens alguns exemplos de quartos baratos em albergues, pensões e hotéis:
- Pensión Azahar: uma pensão de duas estrelas em Sevilha. Os quartos têm ar condicionado e casa de banho privativa, secador de cabelo, televisão e outras comodidades. É especialmente adequada para férias em família. Situa-se no centro histórico de Sevilha, perto do Alcázar de Sevilha e da Catedral.
- Hotel Ramos: um hotel de uma estrela em Silleda. O design e o mobiliário dos quartos são minimalistas, mas são limpos, acolhedores, têm casa de banho, chuveiro e servem pequeno-almoço gratuito. Dispõe de wi-fi gratuito.
- Stardust House: um bom hostel em Las Palmas de Gran Canaria, localizado no coração da cidade velha, perto da estação de autocarros. Os quartos são modestos, mas o hotel é limpo, a cozinha não é má. Dispõe de Wi-Fi gratuito.
- CH Murallas II: um hotel económico em Madrid, a 15 minutos de carro do Museu do Prado. Os quartos são simples, com casa de banho e ar condicionado. O pessoal é simpático e a limpeza é boa.
- Rodamon Barcelona: um hostel de duas estrelas em Barcelona. Os quartos têm um design muito elegante. Há quartos partilhados e privados. Camas confortáveis, ar condicionado. Os duches e as casas de banho são partilhados. Dispõe de wi-fi (gratuito).
Se vais viajar por um período mais longo, por exemplo, para procurar emprego, é melhor procurar um apartamento ou um apartamento para alugar para várias pessoas. Há muitas opções a preços razoáveis em sítios Web especializados, por exemplo, Idealista.
O que queres ver?
Arquitetura, museus, parques nacionais, touradas, festivais de flamenco... cinco coisas para ver em Espanha para sentir a alma deste país fascinante. Embora as touradas sejam um espetáculo para os verdadeiramente fortes de coração e nem todos gostem, o resto é imperdível.
Em Espanha não há lugares aborrecidos e sem graça. Cada lugar tem a sua própria história, estilo e paisagens que ficarão na tua alma para sempre.
Madrid
É a capital de Espanha há mais de mil anos. Começou por ser uma pequena povoação à volta de uma fortaleza construída pelo emir muçulmano Mohammed I para a proteger dos ataques dos leoneses e castelhanos.
O domínio árabe terminou com a vitória espanhola na Reconquista, uma longa guerra entre cristãos e muçulmanos. Desde então, Madrid tem crescido de forma dinâmica como o novo centro cultural e político do reino. Tornou-se a capital de Espanha em meados do século XVI, sob o reinado de Filipe II.
Atualmente, Madrid alberga numerosos monumentos arquitectónicos da Idade Média, outrora concebidos e construídos pelos melhores arquitectos da Europa.
O Palácio Real é um dos locais mais visitados da capital espanhola. É enorme: nos labirintos intermináveis de corredores e passagens, existem cerca de 2000 divisões. No entanto, os turistas só podem ver cinquenta delas, mas mesmo este número modesto é suficiente para te deixar boquiaberto com o incrível luxo dos apartamentos reais.
Mobiliário antigo, cortinas pesadas de tecidos caros, decoração em estuque, dourados e madeiras raras, tapetes, louça elegante, pinturas, colecções de armas... tudo isto é verdadeiramente inspirador.
Museu Nacional do Prado: antigo rival do Louvre, em Paris, e do Hermitage, em São Petersburgo, em termos de número de exposições e de visitantes, é um dos dez museus mais famosos da Europa.
Abriga as colecções mais completas de pinturas de artistas espanhóis como Goya, Velázquez, Murillo e El Greco. As obras de grandes artistas italianos, como Ticiano, Caravaggio, Bosch e Rafael, também estão representadas. Também são de grande interesse as esculturas, exemplos de arte decorativa, mesas, consolas, vasos de diferentes períodos, desde a antiguidade até aos séculos XVII-XVIII.
O museu está aberto diariamente das 10h00 às 20h00; fecha uma hora mais cedo aos domingos e feriados.
A Puerta del Sol é a praça mais famosa de Madrid. É aqui que podes ver o Urso e o Medronheiro, o símbolo da capital espanhola, e também um majestoso monumento ao Rei Carlos III, um reformador bem sucedido que literalmente ressuscitou Madrid da decadência total.
Há algo para ver literalmente em cada esquina da capital espanhola: os magníficos parques da Casa de Campo e Buen Retiro, a residência do presidente da câmara da cidade e, no passado, um dos palácios reais na Plaza de Cibeles. Para além dos numerosos museus.
Barcelona
A capital da Catalunha, a que os próprios catalães chamam Ciutat Comtal (a cidade de Barcelona), está sempre pelo menos entre as cinco primeiras em qualquer ranking das cidades mais bonitas do mundo.
A cidade velha, com o seu Bairro Gótico, La Ribera e El Raval, é particularmente atractiva para os turistas. A atmosfera da Idade Média ainda está preservada aqui: ruas estreitas, que nem sequer são adequadas para andar de bicicleta, e edifícios caoticamente dispersos. No Bairro Gótico, podes até ver os restos de edifícios que apareceram aqui no tempo de Octávio Augusto.
O ponto de partida para as excursões pelo Bairro Gótico é a catedral católica de Santa Eulália, construída nos séculos XIII-XV em honra da Santa Cruz e de uma das padroeiras de Barcelona, Santa Eulália.
Também vale a pena visitar a Plaça de Sant Jaume: um antigo fórum romano, que hoje alberga a Câmara Municipal e os edifícios do governo e do parlamento da Catalunha.
Os turistas vêm ao Raval sobretudo para ver com os seus próprios olhos as criações únicas do arquiteto espanhol Antoni Gaudí, que dedicou todas as suas obras-primas a Barcelona.
Foram várias: desde o seu primeiro projeto, uma lanterna na Plaza Real, até à sua principal criação, a Catedral da Sagrada Família, passando pelas casas encomendadas pela nobreza de Barcelona. Algumas delas são conhecidas pelas suas formas estranhas e efeitos ópticos impressionantes, como a Casa Milà e a Casa Batlló.
Espantados com a beleza de Barcelona, os visitantes da cidade não se cansam de tirar fotografias com as suas máquinas fotográficas e telemóveis, tirando selfies espectaculares com as vistas em pano de fundo... e não se apercebem do perigo de serem roubados.
Barcelona é o paraíso dos carteiristas e dos pequenos ladrões de todos os géneros. A capital da Catalunha atrai-os com um enorme afluxo de viajantes ricos que relaxam sob o céu de uma das mais belas cidades do mundo.
É muito fácil roubar aqui: a lei catalã não prevê qualquer punição para pequenos furtos - o mais grave é uma conversa preventiva na esquadra da polícia. No entanto, se o infeliz ladrão tiver mais do que um registo, pode ser multado.
Não vale a pena queixares-te e escreveres à polícia: é melhor vigiares bem as malas, as jóias e outros objectos de valor.
Sevilha
"Quem não viu Sevilha, não viu um milagre": é o que dizem os espanhóis sobre uma das cidades mais carismáticas do seu país. Outrora uma colónia romana que se desenvolveu sobre um povoado fenício, tornou-se um importante porto mediterrânico e, mais tarde, o centro da província árabe de Ishbilla (acredita-se que o nome da cidade seja de origem árabe).
O período áureo de prosperidade de Sevilha coincidiu com a colonização da América do Norte e do Sul nos séculos XV e XVII. A sua localização favorável e as suas infra-estruturas fizeram dela o principal porto do Império Espanhol, com o monopólio do comércio, que se desenvolvia ativamente com os territórios das Índias Ocidentais recentemente descobertos por Cristóvão Colombo.
A cidade expandiu-se rapidamente com a construção de numerosos edifícios: casas de cidadãos, centros comerciais, catedrais e palácios. A maior parte dos monumentos actuais de Sevilha surgiram nessa altura.
Hoje em dia, os turistas olham com interesse para as ruas tortuosas e estreitas da parte histórica da cidade: o Casco Antiguo. Os edifícios locais fazem lembrar, pela sua escala e opulência, os palácios dos imperadores romanos, onde até os pátios são revestidos de mármore caro.
Sevilha é a cidade das fontes: é rara a praça em que não encontras uma cascata de maravilhosa beleza a jorrar de composições escultóricas ou clássicas.
A Catedral de Sevilha, uma obra-prima da arquitetura gótica dos séculos XV e XVI, merece uma menção especial. É uma das maiores catedrais cristãs do mundo e a maior de todas as construídas em estilo gótico.
É bela em si mesma, mas não menos interessante são os tesouros que albergou durante vários séculos. Aqui podes contemplar as obras de grandes artistas espanhóis como Murillo, Goya, Velázquez e visitar o depósito de livros único, a Biblioteca de Colón, onde se guardam as primeiras edições impressas de alguns livros, manuscritos de Colombo e outros livros antigos.
O mundialmente famoso espetáculo espanhol de touradas também nasceu aqui em Sevilha. A praça de touros Maestranza da cidade tem capacidade para 14.000 espectadores e é considerada a mais prestigiada para os toureiros. A melhor altura para absorver a atmosfera extrema e obter uma boa dose de adrenalina é de abril a outubro.
Os espectáculos são realizados apenas aos domingos. No entanto, as pessoas com um coração sensível não precisam de assistir a um espetáculo sangrento e cruel. O museu tauromáquico local não é menos interessante: aqui podes admirar os trajes luxuosos dos bravos matadores e ver retratos dos melhores toureiros.
O Alcázar de Sevilha é outro local que atrai turistas de todo o mundo durante todo o ano. Nos Pirinéus, os Alcázares são muitas vezes chamados de fortalezas que se assemelham a palácios. Foram construídos nos séculos VIII a XIV, quando os árabes dominavam todo o território peninsular.
O Alcázar-Palácio de Sevilha surgiu como uma fortificação da dinastia moura almóada, mas durante a Reconquista foi quase completamente destruído. No lugar do Alcázar, os arquitectos espanhóis construíram um complexo palaciano, que foi a residência real durante vários séculos.
Continua a ser belo: ambos os palácios e os seus terrenos estão maravilhosamente restaurados e mantidos. O Alcazar é de grande interesse não só para os visitantes de Espanha, mas também para a indústria cinematográfica. Algumas cenas da mega-saga de culto Game of Thrones foram filmadas aqui.
O que comer?
A cozinha espanhola vale bem uma visita gastronómica exclusivamente organizada, pois é tão deliciosa e única. Cada região do país tem as suas próprias especialidades culinárias que a definem:
- Na Andaluzia, com o seu calor abrasador de verão, serás brindado com uma tigela de gaspacho gelado, uma sopa espessa de tomate.
- No inverno, em Madrid, não há nada melhor do que uma dose do famoso cocido madrileño. É feito com pelo menos dez ingredientes: várias variedades de salsichas, bacon, almôndegas, feijão ou grão-de-bico, arroz, couve e cebola. Tudo isto é estufado durante muito tempo com azeite, especiarias e ervas aromáticas, e depois é servido quente - é delicioso!
- O País Basco, um local onde os habitantes têm a reputação de serem mais bruscos, é famoso pela sua cozinha absolutamente requintada. Só aqui podes provar a cavala estufada num tipo especial de vinho, que é utilizado especialmente para cozinhar pratos e molhos de carne e peixe: o chacolí. Ao vinho juntam-se suculentos tomates espanhóis, cebolas, algumas colheres de azeite âmbar, cenouras e pimentos, e a cavala, normalmente seca, torna-se um peixe tenro e delicado.
- Navarra pode surpreender com muitas coisas, mas as suas tradições culinárias são algo muito especial. Queres provar um autêntico borrego navarro? Então não te esqueças de pedir uma porção de carne grelhada para desfrutar de um prato suculento e tenro. Acrescenta alcachofras cozidas, assadas ou estufadas, igualmente populares nesta região, e uma salada de legumes, e terás uma autêntica refeição navarra.
- Outra lenda da culinária espanhola é a paella de Valência. Este prato quente é feito com arroz ao qual se juntam pedaços de frango, peixe ou marisco. O açafrão é um componente essencial da paella: esta especiaria tinge o arroz com uma deliciosa cor amarela.
A principal particularidade da cozinha espanhola é o alho, que parece não ser adicionado às sobremesas. Em todos os outros pratos - primeiros e segundos pratos, molhos, saladas - é apenas uma questão de quantidade.
Os espanhóis adoram pratos de carne delicatessen e sabem muito sobre eles: em todas as regiões existem receitas originais para todos os tipos de salsichas, linguiças e presuntos desde tempos imemoriais.
A especialidade aqui é o presunto Serrano, um produto de porco especialmente marinado. Existe em dois tipos: de casco branco e de casco preto, sendo o de casco preto mais valorizado e, consequentemente, mais caro. De uma viagem a Espanha, não podes deixar de trazer pelo menos um pouco desta lendária iguaria de carne para recordar durante muito tempo o sabor deste maravilhoso país.
O aperitivo é outro elemento obrigatório da mesa espanhola. As tapas e os pinchos, variações nacionais do tema das sanduíches e dos lanches rápidos, são especialmente apreciados aqui.
A diferença não está apenas nos nomes, mas também na sua finalidade: as tapas são preparadas em toda a Espanha, em todos os bares e cafés, como uma simples entrada para acompanhar bebidas alcoólicas como o vinho e a cerveja, e os pinchos como um petisco independente.
As tapas são simples petiscos ou pratos de frutos secos, fatias de salsicha com queijo ou qualquer outra coisa que possa ser rapidamente colocada na boca depois de um gole de bebida.
Os pinchos são um prato completo. São cozinhados em fatias de pão - geralmente torradas - e, por cima, são colocadas construções inteiras de pedaços de peixe, anchovas, camarões, mexilhões e outros mariscos, que são colocados sobre folhas de salada ou outros legumes, fatias finas de pepino fresco ou tomate.
Outra diferença entre os pinchos e as tapas é o indispensável palito: é espetado na sanduíche acabada. É daí que vem o nome deste prato. E por último, mas não menos importante: as tapas são um petisco gratuito, enquanto os pinchos custam dinheiro.
As sobremesas espanholas são imperdíveis, mesmo para aqueles que não gostam de doces. O requinte do sabor, as combinações invulgares de ingredientes e as formas da sua elaboração culinária: é isto que distingue os doces espanhóis dos outros.
Particularmente memoráveis para os visitantes do país são a crema catalana, um delicioso soufflé de caramelo da Catalunha, o delicado creme de amêndoas, preparado nas Ilhas Canárias, ou as brilhantes bolas de "yemas de Santa Teresa", uma sobremesa feita de gemas de ovos, canela, açúcar e sumo de limão.
Alguns dos pratos doces são preparados apenas nos dias feriados. Por exemplo, no dia 6 de janeiro, os espanhóis celebram o Dia dos Reis Magos, em honra dos três reis que trouxeram presentes sagrados ao Menino Jesus. Para esta festa, é cozinhado o roscón de reyes, feito com massa levedada e decorado com frutos cristalizados e nozes.
Outro doce festivo é o polvorón, feito de banha de porco. É um doce obrigatório em todas as famílias espanholas no Natal.
Em Espanha, as bebidas têm dois objectivos: revigorar e refrescar, pelo que os espanhóis preferem o café e os refrigerantes à base de sumos e vinhos.
As mais populares são a sangria e a cidra. A sangria é um vinho tinto no qual são infundidas fatias de fruta e especiarias, diluindo a bebida com licor e água gaseificada.
A sidra é um vinho de maçã asturiano. A sua preparação em estabelecimentos especiais, como as casas de sidra, é um verdadeiro espetáculo. A bebida, de cor dourada, é vertida de uma altura tal que não só cabe exatamente no copo sem derramar uma gota, mas também que o vinho flui estritamente sobre o bordo. O espetáculo é muito impressionante e atrai sempre uma multidão de curiosos entre os muitos turistas.
Espanha é um país maravilhoso: hospitaleiro e generoso com os seus hóspedes, mas orgulhoso e inflexível quando se trata de questões de princípio. Valoriza tudo o que os seus antepassados lhe deram e constrói com confiança um futuro tão esplêndido como ele próprio.
Perguntas Frequentes
Que tipo de país é que a Espanha considera ser?
A Espanha é uma monarquia constitucional e uma democracia.
Quantos anos tem a Espanha como Estado?
Em 2023, a Espanha celebrou 45 anos desde a transição para a democracia e a adoção da Constituição.
Quando são as eleições legislativas em Espanha?
As eleições legislativas espanholas realizaram-se no domingo, 23 de julho de 2023. As próximas eleições realizar-se-ão dentro de 4 anos, ou seja, em 2027.
Quando muda a hora em Espanha?
Em Espanha, a hora muda duas vezes por ano. No último domingo de março, adianta uma hora e no último domingo de outubro, atrasa uma hora.
Quantas pessoas vivem em Espanha?
Estima-se que em 2023 viverão em Espanha 48 milhões de pessoas.