Mosteiro dos Jerónimos
O Mosteiro dos Jerónimos é frequentemente incluído nos itinerários turísticos, despertando grande interesse. É chamado de santuário português. O mosteiro é uma estrutura pitoresca da Idade Média no estilo Manuelino.
Situado num dos bairros de Santa Maria de Belém, em Lisboa, a majestosa estrutura foi durante muitos séculos a casa dos monges da Ordem de São Jerónimo. Após a sua desintegração, foram criados museus nos terrenos do mosteiro. A igreja onde estão sepultados os monges e figuras famosas portuguesas ainda está ativa. É um enorme edifício com fachadas decoradas com um entrelaçamento de figuras originais e vegetação exótica, atraindo muitos visitantes, incluindo residentes portugueses e turistas de diferentes países.
História do Mosteiro dos Jerónimos
O Mosteiro dos Jerónimos foi fundado no final do século XV, na época dos Grandes Descobrimentos geográficos. Os navegadores de Portugal começaram a procurar novas rotas comerciais que conduzissem ao Oriente. Na pequena capela de Santa Maria de Belém, nas margens do rio Tejo, onde atualmente se encontra o mosteiro, Vasco da Gama e a sua tripulação rezaram na noite anterior à partida para a Índia, em 8.06.1497. Aqui, de acordo com o decreto do monarca D. Manuel I Lucky, iniciou-se a construção do novo mosteiro no inverno de 1502. O rei deu a sua palavra de que o construiria após o sucesso da expedição.
A nova rota comercial descoberta por Vasco da Gama trouxe riquezas incalculáveis para Portugal. Este facto permitiu a construção do mosteiro com o dinheiro obtido com a venda de mercadorias de luxo e com o novo imposto sobre as importações.
Características arquitectónicas
As obras de construção duraram um século. Após a sua conclusão, o mundo viu uma obra-prima arquitetónica deslumbrante.
O mosteiro foi construído em estilo manuelino - um novo estilo de arquitetura, que inclui elementos góticos, características próprias do Renascimento. Estes elementos estão intrinsecamente entrelaçados com imagens de criaturas marinhas. Neste estilo em Portugal, não só o mosteiro é erigido, mas também outros edifícios arquitectónicos: torres, igrejas.
As paredes das galerias cobertas do mosteiro estão luxuosamente decoradas com baixos-relevos.
Representam cenas da vida de santos, símbolos marinhos, figuras angelicais, monstros marinhos, gárgulas.
Na cripta inferior, a pouca distância da entrada, encontra-se a lápide de Vasco da Gama, navegador notável, decorada com símbolos marítimos e cavalheirescos. Em frente, repousa o grande poeta português Luís Camões, que elogiou as façanhas do viajante.
No pátio existe um claustro de dois pisos, com 300 metros de comprimento, com as celas dos monges e o refeitório.
O mosteiro possui uma capela de São Jerónimo, considerado o principal padroeiro do mosteiro e dos intérpretes.
Localização e acessibilidade
O Mosteiro dos Jerónimos foi construído na zona sudoeste de Lisboa, na foz do rio Tejo. A sua construção iniciou-se em 1502 e foi concluída 100 anos depois. Os monges Jerónimos que aí viviam rezavam pelas almas do monarca e dos viajantes marítimos em busca de novas terras.
Pode-se chegar a este marco arquitetónico através dos autocarros 727, 28, 729, 714 e 751. O elétrico 15E circula na mesma direção.
Outra opção é apanhar o comboio da estação do Cais do Sodré ou de Cascais para a estação de Belém e depois caminhar a partir daí, o que demora cerca de 7 minutos.
Horário de funcionamento e bilhetes
O Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa está aberto:
- de maio a setembro das 10:00 às 18:30;
- de outubro a maio, das 10:00 às 17:30.
Os dias não úteis são as segundas-feiras e os feriados: dia de Natal, dia de Ano Novo, dia de Lisboa (13 de junho), dia do Trabalhador (1 de maio).
Os bilhetes podem ser adquiridos na bilheteira do complexo do mosteiro. Para ter a oportunidade de visitar o mosteiro e o museu, terá de pagar 12 euros. Há descontos de 50% para famílias, jovens e estudantes. As crianças com menos de 12 anos podem visitar o museu gratuitamente.
Aos domingos, até à hora de almoço, a entrada no mosteiro e na maioria dos museus de Belém é gratuita, mas o número de visitantes aumenta drasticamente.
Excursões e visitas
Os horários das excursões e de abertura do mosteiro são sensivelmente os mesmos. Recomenda-se que verifique o horário exato no local quando comprar os bilhetes.
Há sempre muitas pessoas que desejam visitar o Mosteiro de Jerónimos. É um dos locais mais visitados de Lisboa. Todos os que se interessam pela arquitetura religiosa vêm ao mosteiro. O conjunto arquitetónico respira história, parece impregnado do romantismo das descobertas feitas pelos portugueses. Aqui como em nenhum outro sítio se sente o desejo das pessoas de aprender tudo o que é novo e desconhecido.
O mosteiro está intimamente associado ao espírito do mar e às perigosas aventuras marítimas. Quando se viaja para Lisboa, recomenda-se que se passe alguns dias nos Jerónimos. As salas do mosteiro, as numerosas exposições do museu são melhores para ver sem pressa. Isto permitir-lhe-á penetrar plenamente na atmosfera do antigo monumento arquitetónico e na história das aventuras marítimas.
Cada pormenor do complexo tem um aspeto festivo: a fachada virada para o Tejo e a tonalidade dourada da pedra, bem como as grandes aberturas das janelas. O antigo mosteiro possui muitos elementos decorativos originais, abundando em todos eles.
Artefactos e colecções
No território do mosteiro existem vários museus, que possuem ricas colecções, numerosos artefactos. A abadia esteve ativa até 1834, após a dissolução da Ordem de São Jerónimo, e os edifícios que faziam parte da abadia foram nacionalizados. Na parte ocidental, encontram-se o Museu Nacional de Arqueologia e o Museu Marítimo.
Museu de Arqueologia
O Museu de Arqueologia de Lisboa foi inaugurado no final do inverno de 1893, por ordem do monarca D. Carlos I. O Museu de Arqueologia situa-se na zona ocidental da cidade. As suas exposições representam objectos que foram encontrados em Portugal e noutros estados. Baseia-se na exposição pessoal do arqueólogo José Leite de Vasconcelos. Foi-lhe atribuído o estatuto de Museu Nacional em 1984. Atualmente existe um departamento de arqueologia anterior ao século XVIII e um departamento de arqueologia da nova época.
Existem numerosas exposições, tanto permanentes como temporárias. Para os turistas, é uma óptima oportunidade para ver raridades de diferentes épocas encontradas pelos arqueólogos. A exposição permanente dedicada ao Antigo Egipto merece uma atenção especial. A lista de exposições do museu inclui peças únicas de vidro e bronze, estátuas de mármore, painéis de mosaico, pratos de cerâmica, peças recuperadas do fundo do mar, jóias antigas de ouro e prata.
Museu Marítimo
O Museu Marítimo de Lisboa tem uma coleção invulgar de peças. Foi inaugurado em 1863, de acordo com a decisão do monarca Luís I. Este gostava muito de temas náuticos e era capitão de navio.
Em 1916, a coleção do museu incluía réplicas originais e em tamanho real de navios, instrumentos de navegação, retratos de navegadores famosos e seus pertences, e mapas antigos. Devido a um incêndio, a maior parte da coleção perdeu-se. O museu teve de encerrar durante algum tempo, tendo sido reaberto em 1948. Foram acrescentadas novas peças à coleção, cujo número ultrapassa atualmente os 200 mil exemplares.
A exposição permanente é composta por:
- objectos que pertenceram a Vasco da Gama;
- figuras de galeões que outrora adornavam as proas dos navios à vela;
- esculturas de navegadores famosos;
- instrumentos de navegação antigos e modernos;
- protótipos de embarcações militares antigas e modernas.
O Museu Marítimo tem várias salas dedicadas às descobertas geográficas, aos projectos de navios e à frota mercante.
Tanto os turistas jovens como os adultos ficam com muitas impressões ao visitar este sítio. Parece que cada objeto aqui está impregnado da brisa do mar.
Igreja no edifício do mosteiro
A igreja de Santa Maria di Belen, situada no edifício do mosteiro, merece uma atenção especial. É uma obra-prima da arquitetura portuguesa que remonta ao período dos Grandes Descobrimentos. É Património Mundial da UNESCO. É um edifício majestoso que constitui o coração do Mosteiro dos Jerónimos. A face desta igreja simboliza o auge da engenharia e da excelência arquitetónica. Um brilho suave emana dos estreitos vórtices das lancetas, e a atenção é atraída pela decoração luxuosa, com um grande número de colunas retorcidas que lembram uma floresta de árvores, uma abóbada de rede, baixos-relevos originais e figuras de santos e apóstolos em nichos.
A entrada principal da igreja situa-se no portal ocidental, que é também a entrada do complexo do mosteiro. A construção específica do edifício permitiu-lhe sobreviver a um forte terramoto em 1755. Apenas a cúpula do sino ficou danificada, tendo sido substituída no século XIX. Foram acrescentadas duas mini torres de estilo Mudehar.
O interior da igreja foi terminado após a conclusão dos edifícios principais. O arquiteto Diogo de Botayca, responsável pelo projeto, e o monarca D. Manuel I já tinham falecido.
Virado para o rio Tejo, o portal sul é uma obra-prima manuelina, decorado com uma composição escultórica que inclui a figura da Virgem Maria ao centro e os 12 apóstolos nas laterais.
Um papel importante no portal sul é desempenhado pelos baixos-relevos que representam cenas da vida de São Jerónimo.
O interior da igreja encanta mesmo os visitantes mais preconceituosos que não têm qualquer ligação com a religião e as criações arquitectónicas.
A igreja alberga o túmulo de D. Sebastião I, que morreu aos vinte e quatro anos durante uma cruzada em Marrocos. Uma teoria é a de que não há ninguém lá dentro ou que contém restos mortais pertencentes a outra pessoa.
Jardins e parques
O Mosteiro dos Jerónimos está rodeado por um belo jardim. É composto por belos canteiros, vegetação exótica, sebes e uma fonte decorada com elementos de estuque.
O bairro de Belém, onde se situa o mosteiro, é pitoresco por si só. O seu ponto alto são os jardins bem cuidados com parques. Um passeio por eles pode ser combinado com uma visita ao complexo do mosteiro.
Quando planear uma viagem a Portugal, não deixe de visitar Portugal e a sua mais famosa atração arquitetónica - o Mosteiro dos Jerónimos.
Ler também o artigo 10 melhores sítios para visitar em Lisboa.
Perguntas Frequentes
Quem está sepultado no Mosteiro dos Jerónimos?
No Mosteiro dos Jerónimos, está sepultado o ilustre poeta português Luís de Camões, famoso pelo seu épico "Os Lusíadas".
Onde fica o Mosteiro dos Jerónimos?
O Mosteiro dos Jerónimos fica localizado em Lisboa, Portugal, mais precisamente no bairro de Belém, próximo à margem do rio Tejo.
Porque foi construido o Mosteiro dos Jerónimos?
Mosteiro dos Jerónimos foi construído no século XVI em Lisboa, Portugal, para celebrar as Grandes Descobertas, homenagear São Jerônimo, servir propósitos religiosos e exibir riqueza e poder.
Em que ano foi construido o Mosteiro dos Jerónimos?
O Mosteiro dos Jerónimos, começou a ser construído em 1501 e a sua construção continuou ao longo do século XVI, sendo concluída em 1601.
Porque se chama Mosteiro dos Jerónimos?
O Mosteiro dos Jerónimos é chamado assim porque é dedicado a São Jerônimo, que foi um santo cristão e estudioso da Bíblia. O mosteiro foi fundado pelos monges da Ordem de São Jerônimo, também conhecida como Ordem de São Jerónimo de Cotala, e foi construído em sua honra. Portanto, o nome "Mosteiro dos Jerónimos" é uma referência direta ao santo padroeiro da ordem religiosa à qual o mosteiro pertencia.
O que é o Mosteiro dos Jerónimos?
Mosteiro dos Jerónimos é um monumento histórico em Lisboa, Portugal, construído no estilo Manuelino no século XVI. É conhecido por sua arquitetura ornamentada, representando a era dos Descobrimentos de Portugal, e abriga túmulos de figuras históricas. É Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1983.