Museu Nacional dos Coches
O Museu dos Coches é considerado uma das atracções mais populares de Lisboa. É visitado não só pelos habitantes locais, mas também por turistas de diferentes países. As visitas ao museu são não só fascinantes, mas também muito informativas.
Título | National Coach Museum |
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Ano de fundação | 23 de maio de 1905. |
Diretor | Silvana Bessone |
Horário de funcionamento | 10:00 às 18:00 |
Taxa de entrada | 8 euros |
Endereço | Lisboa, Museu Nacional dos Coches Praca Afonso de Albuquerque |
Site oficial | |
Número de exposições | A exposição principal tem 70 carruagens, para além de outras temporárias |
História do museu
O museu das carruagens surgiu em 1905. A data da sua fundação é considerada como sendo 23 de maio. Surgiu graças à Rainha de Portugal Dona Amélia. O objeto cultural foi inaugurado no edifício onde existia um picadeiro real, erigido em meados do século XVIII.
Os monarcas treinavam os seus dotes de equitação no picadeiro. O edifício foi construído em estilo neoclássico. O arquiteto Giacomo Asolini trabalhou no aspeto arquitetónico do picadeiro. A construção do edifício durou vários anos e a decoração interior demorou quatro décadas. O comprimento da arena interior era de 50 metros e a largura de 17 metros.
Os mestres pintaram habilmente a superfície do teto, dando à arena um aspeto colorido. Os padrões pintados decoravam não só o teto, mas também as paredes. Os famosos azulejos portugueses sobreviveram até aos nossos dias.
A sua configuração previa a presença de uma sala de desfiles e de uma galeria no segundo piso, de onde os aristocratas assistiam às corridas a partir de varandas.
A sala do Manege podia albergar 29 carruagens. Mas os portugueses tinham muitas mais. Muitas peças mereciam ser vistas pelo público, mas aguardavam o seu momento nas arrecadações, gradualmente cobertas de pó. As autoridades municipais decidiram transferir o museu para um novo edifício do outro lado da rua. Este foi construído especialmente para o efeito.
Se antes os turistas tinham dificuldade em encontrar a entrada do museu das carruagens, agora é quase impossível passar por lá. O arquiteto Paulo Mendes da Rocha desempenhou um papel importante na abertura do museu no novo edifício.
O edifício é uma enorme estrutura feita de vidro e betão, localizada quase na costa do Tejo. A caixa de betão causou muita discussão, foram gastos 40 milhões de euros na sua construção, os portugueses chegaram mesmo a organizar manifestações.
Após a conclusão dos trabalhos de construção, o edifício, apesar de toda a controvérsia, integrou-se de forma bastante orgânica na arquitetura da cidade. O seu interior revelou-se luminoso e espaçoso. Antes do seu aparecimento, a cidade já dispunha de uma estrutura semelhante feita de betão, o Centro Cultural de Belén.
O autor do projeto do novo edifício do museu foi um arquiteto do Brasil. Paulo Mendes de Rocha é o vencedor do prestigiado Prémio Pritzker 2006.
O arquiteto afirmou que as tecnologias modernas são parte integrante de qualquer projeto. Todos os edifícios criados por ele são caracterizados pela brutalidade e pela tecnologia.
Em 2015, os portugueses celebraram 110 anos desde a criação do museu das carruagens, que abriu as suas portas numa nova roupagem. O novo edifício é muito espaçoso, enquanto o anterior era como uma antiga garagem.
A exposição principal é composta por 70 carruagens e é complementada por outras temporárias. Para além disso, o edifício tem:
- uma oficina de restauro;
- um auditório para 330 pessoas;
- biblioteca;
- loja de recordações;
- arquivo;
- café.
Onde se situa o museu?
O museu está situado na Praça Afonso de Albuquerque, no bairro de Belém, em Lisboa, Portugal. Alberga a melhor coleção de carruagens do mundo. A estação de comboios de Belém está situada nas proximidades. O local pode ser acedido tanto por transportes privados como públicos. Existe um parque de estacionamento pago do outro lado da estrada do museu.
A orla marítima fica a uma curta distância a pé do museu. A partir do centro da cidade, pode chegar aqui de comboio a partir da estação do Cais do Sodré ou de autocarro número 728 a partir da Praça do Comércio em cerca de 20 minutos. Existe também um elétrico 15 para o museu, que demora cerca de meia hora.
O centro cultural está aberto de terça a domingo, das 10:00 às 18:00 (última entrada às 17:30). A segunda-feira é um dia de folga. O museu também descansa a 1 de janeiro, na Páscoa e a 25 de dezembro.
Preços dos bilhetes
O preço de um bilhete normal é de 8 euros. A entrada é gratuita para as crianças em idade pré-escolar.
É possível reservar bilhetes no sítio Web oficial do museu. Os turistas recorrem frequentemente à mediação de agências de viagens.
Existem duas opções de compra de bilhetes - online e diretamente na bilheteira à chegada.
Visita ao museu
As visitas ao museu com a maior coleção de carruagens do mundo estão disponíveis para todos, basta comprar um bilhete. As visitas podem ser reservadas através do site oficial do museu, escolhendo uma hora conveniente, ligando por telefone.
Os turistas podem utilizar um guia áudio em inglês. Isto permitir-lhe-á aprender mais sobre as principais exposições do museu. O guia áudio tornará a visita tão informativa e interessante quanto possível.
O museu propõe excursões individuais e em grupo, para turistas e crianças em idade escolar.
Exposições no museu dos coches
A luxuosa coleção de carruagens antigas do Museu Nacional de Lisboa é considerada a maior do mundo.
A carruagem mais antiga, puxada por cavalos, data do século XVI, enquanto a mais recente exposição data do início do século passado. Os visitantes têm a oportunidade de ver carruagens feitas em diferentes estilos - chiques com dourados, decoradas com caracóis, carruagens leves cobertas de couro.
A lista de exposições do museu é composta por cabriolets, landos, charabancs, bicicletas antigas. Uma parte da exposição é dedicada aos acessórios para veículos.
As carruagens pertencentes aos membros da família real portuguesa são consideradas a peça central da composição. Uma parte significativa dos veículos foi oferecida aos monarcas de Portugal por espanhóis, austríacos, dinamarqueses, franceses e italianos.
Todas as peças expostas são apresentadas por ordem cronológica, para que os visitantes possam acompanhar a evolução do aspeto das carruagens ao longo do tempo. As peças expostas mostram a evolução das preferências dos aristocratas e do clero.
Vamos falar-lhe das peças mais interessantes do museu e começar pela carruagem que pertenceu a Filipe II. Este veículo não pode ser considerado confortável. Filipe II visitou a capital de Portugal em 1619, alguns anos antes da sua morte. Viajou desde Espanha nesta carruagem. O aristocrata estava protegido do frio e das rajadas de vento apenas por cortinas maciças.
A proprietária de uma outra carruagem, apresentada no museu, era Maria Francisca de Saboyi, prima do monarca de França Luís XIV. Foi também esposa de dois irmãos, Afonso VI (que decidiu divorciar-se) e Pedro II. Este é o segundo veículo mais antigo de todos os expostos.
A carruagem da noiva merece uma atenção especial. A carruagem dourada foi feita por ordem do Imperador José I da Áustria em 1708 para o casamento da sua irmã Donna Maria Anna da Áustria com João V, o monarca de Portugal.
A carruagem da noiva está decorada com o monograma do seu proprietário.
A carruagem real não é menos interessante. Esta carruagem foi construída por artesãos franceses no século XVIII. O teto da carruagem está decorado com anjos, que são coroados por um dragão. Este último é o símbolo da corte monárquica de Bragança.
Uma das principais pérolas da coleção é a carruagem dos Oceanos. Trata-se de uma carruagem luxuosa que chama a atenção pelos seus ricos acabamentos. Foi criada em Roma, em 1716, por ocasião da chegada dos embaixadores portugueses ao Vaticano. A delegação foi enviada para o apogeu do império português, quando D. João V, graças à chuva de ouro do Brasil, se tornou o rei mais rico da Europa.
A decoração principal da carruagem é constituída por figuras barrocas douradas. Esta é uma das alegorias das descobertas efectuadas pelos navegadores portugueses, que traçaram a rota que uniu os oceanos Índico e Atlântico.
A Coroação de Lisboa é uma composição inteira com uma rapariga no centro, simbolizando Lisboa. Muitos viajantes acham estranho que a capital de Portugal seja apresentada numa forma feminina. Isto explica-se facilmente, pois em português a palavra Lisboa tem um género feminino.
Outra carruagem deste cortejo chama-se Embaixador e tem como tema a Navegação e as conquistas dos portugueses. A coleção de esculturas é composta por leões, dragões, monstros marinhos e cavalos.
A Carruagem da Mesa deve o seu nome à mesa redonda que se encontra no seu interior. Tem também outro nome, Carro da Bolsa das Princesas. Comemora uma cerimónia que teve lugar em 1927 na fronteira entre Portugal e Espanha.
A portuguesa Maria Bárbara, filha do monarca D. João V, foi trocada pela espanhola Maria Vitória, filha de Filipe V. As duas nobres viajaram juntas. As nobres partem para casar com os futuros reis de Espanha e Portugal.
A carruagem da Mesa é totalmente fechada, com dois vãos envidraçados. No interior, a carruagem é estofada em tecido de veludo de cor carmesim e a superfície do teto é decorada com franjas tecidas a ouro.Oculos
Na decoração das carruagens das pessoas nobres eram utilizados não só veludo, mas também madeira vermelha e candelabros. A douradura era ativamente utilizada. As carruagens mais caras tinham uma carruagem de acompanhamento chamada lampião. Esta era conduzida por criados de libré com candeeiros a petróleo acesos.
Os aristocratas tinham uma verdadeira paixão pela decoração luxuosa das carruagens. Algumas chegavam a pesar uma tonelada. O acabamento original das carruagens outrora utilizadas pela realeza pode ser admirado durante horas a fio.
Outra sala contém um grande número de carruagens pertencentes a oficiais da igreja, outrora utilizadas em procissões religiosas.
A carruagem de corrida Oculos é o antepassado dos carros desportivos. Foi criada por artesãos portugueses no final do século XVII. Este veloz buggy era adequado para a condução autónoma. Era protegido das intempéries por cortinas de couro e podia ser visto através das janelas de vidro arredondadas que lhe deram o nome.
Esta carruagem foi utilizada, entre outros, por representantes da família real. No início do outono de 1759, o monarca D. José I foi atacado quando viajava numa carruagem deste tipo. O rei ficou ferido, após o que recuperou durante muito tempo. Este incidente teve um impacto negativo no seu estado mental, antes de o monarca ter de sobreviver ao terramoto de 1755.
As carruagens das crianças também merecem atenção. Os jovens príncipes e princesas passeavam nelas pelos jardins e parques reais. As carruagens moviam-se graças ao esforço de póneis ou cabras.
O museu expõe igualmente carruagens de caça. A caça era o principal passatempo dos aristocratas. No século XIX, estes veículos transportavam os que desejavam caçar para o local da ação. As senhoras podiam sentar-se nas carruagens e assistir à ação.
Outro exemplar interessante da coleção do museu é a carruagem Crown. Foi fabricada na capital da Grã-Bretanha em 1824. O seu nome explica-se pela presença de uma coroa montada no tejadilho. O símbolo do poder foi aí colocado por ocasião da coroação de D. Carlos.
Em 1957, esta carruagem foi oferecida à rainha britânica Isabel II aquando da sua visita a Portugal. Foi a última carruagem utilizada para transportar a monarca.
Os excursionistas não descuram a sua atenção e o Lando Tsareubica. A carruagem à primeira vista parece banal, mas ao mesmo tempo não pode deixar os portugueses indiferentes. Tudo porque foi nesta carruagem que o penúltimo monarca português, D. Carlos I, foi morto e o herdeiro do trono, o último rei D. Manuel, ficou ferido.
A tragédia aconteceu a 1 de fevereiro de 1908, quando os nobres regressavam de Vila Viçosa. Tudo aconteceu na capital de Portugal, na Praça da Comercia.
Durante a visita ao museu, para além das carruagens reais, é possível ver também os transportes públicos dos séculos passados. Trata-se da diligência postal que fazia o percurso entre a capital portuguesa e a cidade do Porto. No século XIX, este percurso demorava vários dias a ser efectuado.
A diligência tinha de parar para mudar de cavalos. A carruagem tinha capacidade para 15 passageiros e um cocheiro. Os lugares são oferecidos em diferentes categorias. Dois em primeira classe, quatro em segunda classe e um terceiro no tejadilho da diligência, que era o que os pobres podiam pagar, sentados em cima de fardos de pertences.
Após a introdução dos caminhos-de-ferro, as diligências postais começaram a ser adquiridas por famílias abastadas que possuíam propriedades fora da cidade. No entanto, alguns destes transportes continuaram a ser utilizados para o fim a que se destinavam em zonas do país de difícil acesso.
Para além das carruagens, o museu tem muitos outros meios de transporte. Além disso, os visitantes podem ver exposições sobre o tipo de uniformes, sabres, fatos de montar. Tudo o que tem a ver com os veículos puxados por cavalos. A lista de peças expostas inclui selas, esporas, candeeiros de estrada.
Os carros de bombeiros e os carros funerários também estão representados no museu.
As peças expostas são tão invulgares que muitas pessoas as consideram fabulosas.
E as carruagens reais, que eram transportadas não por cavalos, mas por homens a pé, foram utilizadas mesmo no século XIX.
Durante um passeio pelas numerosas salas do museu, muitos excursionistas notam como a aparência e as dimensões das carruagens mudaram ao longo do tempo, tornando-se gradualmente mais modestas. O luxo foi substituído pela funcionalidade. As carruagens do século XIX não parecem tão fabulosas como as suas antecessoras.
As exposições do Museu dos Coches de Lisboa caracterizam-se pela sua originalidade. As carruagens aqui expostas são vizinhas dos arreios dos cavalos, das fardas dos precursores e das bicicletas antigas.
Periodicamente, realizam-se exposições temporárias no território do museu. Todas elas estão, de uma forma ou de outra, relacionadas com o tema dos transportes e despertam grande interesse nos visitantes.
Uma dessas exposições intitula-se "Sedan: veículo urbano privado".
No verão de 2023, foi exposto temporariamente um Darrac emprestado pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP). Este veículo era propriedade da família Alves Ferreira Montalvan, Chaves, Uteiro-Seco. A sua caixa de velocidades tem 3 mudanças para a frente e foi importado de França em 1901.
A maior parte das exposições do museu é dedicada a veículos antigos. A excursão a um local tão invulgar é memorável durante muito tempo, permite aprender muitas coisas novas e faz-nos recuar no tempo.
Biblioteca no território do Museu Nacional dos Coches
Poucas pessoas sabem que no território do Museu Nacional de Carruagens existe uma biblioteca. Esta contém sobretudo literatura histórica. Através da leitura de livros, a maior parte dos quais em português, pode descobrir que veículos eram utilizados nos tempos antigos e como eram concebidos.
Restaurante no território do museu
Existe um pequeno restaurante no território do museu. Os portugueses chamam-lhe gelataria Santini. A instituição está situada à entrada do edifício do novo museu. Oferece uma vista pitoresca da Avenida da Índia e do Jardim Afonso de Albuquerque. É um ótimo local para comer qualquer coisa antes ou depois da visita, matar a sede e, ao mesmo tempo, admirar a bela paisagem. O Café Santini oferece não só gelados, mas também vários pratos portugueses.
A instituição está aberta das 10h00 às 18h00, oferecendo um menu ligeiro, variado e saudável.
Onde mais em Portugal posso visitar um museu de carruagens?
O Museu Nacional das Pedreiras, em Lisboa, é considerado único. Não existe nada semelhante noutras cidades de Portugal. Em algumas localidades é possível ver exemplares individuais de carruagens, mas não mais.
Se não quiser limitar-se a uma visita ao novo edifício do Museu Nacional da Pedreira em Lisboa, pode também visitar o antigo, pagando apenas 2 euros extra por um bilhete completo. Trata-se de um antigo picadeiro, mas atualmente apenas sete carruagens estão armazenadas no seu território, embora o local em si seja bastante atmosférico. Demora cerca de meia hora a ver as exposições no edifício antigo.
Contactos do museu
Se tiver alguma dúvida, pode enviar um e-mail ao museu para [email protected].
Telefone: + 351 210732319
Uma visita ao Museu dos Coches, localizado em Portugal, não é apenas uma oportunidade para passar o seu tempo de lazer. Só aqui é possível ser transportado para a era dos luxuosos passeios reais, para ver os veículos utilizados pela nobreza portuguesa há vários séculos. Admire as carruagens que já não circulam nas ruas das metrópoles modernas. A visita ao Museu dos Coches interessa tanto a adultos como a crianças, pois é uma oportunidade única de ver com os seus próprios olhos as fabulosas carruagens.