San Marino

Informações gerais

Tal como o Vaticano, também este é um estado-enclave no território dos Apeninos, mas, ao contrário do território do Papado, é completamente laico.

Aqui não se vem para desfrutar das praias mediterrânicas – San Marino não tem acesso ao mar. Mas dar largas ao shopping nas boutiques e mercados locais com compras vantajosas, que não são tributadas e, portanto, pelo menos um quarto mais baratas do que noutros países europeus, é outra coisa. O minúsculo país, rodeado por todos os lados pela Itália, é um paraíso terrestre para os shopaholics, na moda.

San Marino também é um lugar fascinante para os medievalistas - pessoas que estudam tudo o que está de alguma forma relacionado com a Idade Média. No país, é dada uma atenção especial a esta época. Aqui funciona um Centro Medieval único no seu género e, no auge da época festiva, no final de julho, realizam-se os dias medievais – uma festa animada com todos os atributos da Idade das Trevas e da época renascentista – trajes, desfiles, torneios de cavalaria.

Nota histórica

Sabe o que mais surpreende quando se conhece a história de San Marino pela primeira vez? – O facto de ser a república mais antiga do mundo, com uma história de mais de 1700 anos.

Fundada em 301 pelo monge pedreiro Marino, a colónia transformou-se gradualmente num estado em miniatura, que há dezassete séculos consecutivos preserva a sua independência.

A última guerra em que esteve envolvida foi em 1463. Na altura, defendeu-se do ataque da família Malatesta, uma dinastia belicosa de condutores que governou Rimini nos séculos XIII-XV. Curiosamente, os Malatesta partiram de mãos vazias, confirmando apenas o significado do seu apelido familiar – “Malatesta” – “Cabeça má”.

San Marino continuou a viver e a desenvolver-se: em 1600, teve uma constituição e, 43 anos depois, este estado foi reconhecido pelo Estado Pontifício.

É também interessante notar que existem algumas discrepâncias quanto à data de fundação de San Marino e da sua independência. Oficialmente, o dia da independência é considerado 3 de setembro de 301, quando o monge fugitivo Marino da Dalmácia colocou a primeira pedra do mosteiro que fundou, mas, na verdade, esse dia pode ser considerado apenas o ponto de partida na história do Estado de San Marino. A verdadeira e plena autonomia foi obtida muito mais tarde.

Desde o início, por mais de 500 anos, o povoado esteve sob o protetorado do Ducado de Urbino. A saída da submissão ao ducado ocorreu em 855, e então chegou também a independência.

O pequeno país conseguiu manter a independência mesmo durante as guerras napoleónicas do século XVIII: ao imperador francês não restou outra alternativa senão oferecer a sua proteção, juntamente com uma ampliação do território de San Marino. Na verdade, os governantes da república recusaram sabiamente esta generosa oferta: a expansão das fronteiras estava prevista, como de costume, à custa de territórios alheios, e os sábios e perspicazes sammarineses não tinham qualquer intenção de entrar em conflito com os vizinhos.

Posteriormente, San Marino desenvolveu-se principalmente como um estado independente e neutro. Na Primeira Guerra Mundial, a república, sob pressão da Itália, foi forçada a aliar-se à Entente.

No início da Segunda Guerra Mundial, manteve a neutralidade quase até ao fim, mas não conseguiu evitar completamente vítimas e destruição. Em 1944, São Marinho sofreu consideravelmente devido a um bombardeamento errado da RAF. Morreram 63 civis, o que foi uma verdadeira tragédia para o minúsculo país.

Também não conseguiu evitar ocupações: primeiro, São Marinho foi ocupado durante três semanas pelos nazis e, algumas semanas depois, estes foram expulsos pelos ingleses, que, por sua vez, ocuparam o território da república durante um período.

No período pós-guerra, este país teve relações complexas com a Itália, que se considerava no direito de regular várias questões da política económica interna de São Marinho.

Observando o desenvolvimento tumultuoso de outros pequenos estados como Mónaco e Andorra, que apostaram no desenvolvimento do jogo e da indústria do entretenimento, o governo da república decidiu seguir o mesmo caminho. No entanto, a tentativa de abrir o primeiro casino recebeu uma reação extremamente dura da Itália. Devido à ameaça de um bloqueio económico e dos transportes, o governo de San Marino teve de desistir do seu projeto. Hoje, a indústria do jogo em San Marino é parcialmente representada pelo casino San Marino, na cidade de Rovereta, e pelos sites de casino não AAMS, que permitem aos residentes e turistas participar em jogos online.

Além disso, a Itália foi além e proibiu a república de desenvolver a sua própria televisão e rádio, que precisamente na década de 1950 do século passado começavam o seu intenso desenvolvimento. A proibição só foi revogada em 1987.

Curiosidade: a república mais antiga do mundo não faz parte formalmente nem da UE nem do Conselho da Europa, mas a sua posição de enclave obriga-a, de uma forma ou de outra, a conformar-se com as exigências da União Europeia.

As fronteiras de São Marinho estão abertas para deslocações dentro da UE, o país também respeita a sua legislação aduaneira e utiliza até o euro para todos os pagamentos internos e externos.

Geografia e clima

A República de São Marinho é o terceiro país mais pequeno da Europa: com uma área de 60,6 km², ocupa o terceiro lugar, depois do Vaticano e de Monaco.

San Marino tem apenas um país vizinho – a Itália, que o rodeia por todos os lados. Apesar de a república estar situada a apenas 25 quilómetros de Rimini – uma popular estância balnear mediterrânica – não tem acesso próprio ao mar. Por isso, se os sanmarineses tiverem vontade repentina de nadar e apanhar sol, vão para o “estrangeiro” – para Itália.

É interessante notar que, embora não seja necessário visto de entrada para os cidadãos de São Marinho e não haja controlos fronteiriços, eles são obrigados a levar consigo um passaporte válido para o estrangeiro.

A pequena vila está convenientemente localizada numa das encostas da montanha mais alta da península dos Apeninos – o Titano. A montanha de três picos tornou-se há muito tempo um símbolo nacional de San Marino, e o seu imponente contorno é visível de muitos pontos dos Apeninos.

O clima aqui é ameno, com verões moderadamente quentes, quando a temperatura chega aos 25-27 graus, e invernos não muito frios. Nos meses de inverno, a temperatura raramente desce abaixo dos +3 graus, mas chove frequentemente. A neve é uma grande raridade no país: cai pouca e derrete em poucas horas.

As montanhas também influenciam o clima local: quanto mais alta a localidade, mais acentuadas são as variações térmicas diurnas e noturnas. Em geral, é agradável visitar San Marino em qualquer estação do ano, embora o maior número de turistas se reúna aqui de maio a outubro. Considerando o clima em San Marino, ressalta-se que a alta temporada neste pequeno enclave dura justamente neste período.

População, língua, moeda

San Marino é pequeno não só em tamanho, mas também em número de habitantes: aqui residem pouco mais de 34 mil pessoas, outras 13 mil estão em outros países do mundo.

No entanto, o número reduzido é compensado pela alta densidade populacional: por quilómetro quadrado, há 546 pessoas.

Além disso, também surpreende o número bastante elevado de crianças e jovens, bem como a idade média não elevada dos residentes de São Marinho, o que é absolutamente atípico para uma Europa que envelhece inexoravelmente.

As crianças com menos de 16 anos representam mais de 15% da população, e a idade média é de cerca de 39 anos. Ao mesmo tempo, a esperança de vida dos sammarineses é uma das mais altas do mundo. Vivem em média 82 anos.

Obviamente, a questão não está apenas na boa genética, mas também na qualidade de vida. São Marinho é um país com uma ecologia excelente, uma medicina altamente desenvolvida e uma economia estável, por isso não é de admirar que as pessoas aqui vivam não só felizes, mas também por muito tempo.

Os residentes nativos – os sanmarineses – constituem a base de toda a população da república. Oitenta por cento dos titulares de um passaporte que ocupa o 18.º lugar no ranking dos mais procurados do mundo – são precisamente eles, que vivem no país de geração em geração.

Outros 19% dos residentes com cidadania sanmarinense são italianos, e os restantes 1% são representantes de outros povos europeus. Nos últimos anos, registou-se uma tendência de aumento do número de migrantes: atualmente, eles representam cerca de 15%. O seu número cresce a cada ano.

Ao optar por viver em San Marino, essas pessoas esperam obter a cidadania do país num futuro próximo.

No entanto, obtê-la é difícil e caro. Para se tornar sanmarinense, é necessário cumprir uma série de condições rigorosas:

1. Legalizar-se através da obtenção de uma autorização de residência; para acelerar o processo, realizar investimentos substanciais na economia do Estado.
2. Viver no país por 30 anos ou mais – este é um dos requisitos de residência mais elevados do mundo.
3. Casar-se e viver em matrimónio por pelo menos 15 anos.
4. Demonstrar total lealdade e respeito pela lei durante todos esses anos.
5. Renunciar ao passaporte anterior.

Além disso, a cidadania é obtida automaticamente por crianças nascidas em famílias onde um dos cônjuges já é cidadão de São Marinho.

No país existe uma língua oficial – o italiano, no entanto, os residentes nativos com mais de 60 anos também falam a língua romagnola, que muitos consideram erroneamente um dialeto italiano.

Em termos de religião, os cidadãos de São Marinho são católicos romanos, com cerca de 93% da população a professar esta religião.

Administrativamente, o país está dividido em nove cidades-municípios (o nome local é castelli), sendo a maior delas Serravalle, com uma população de 10 mil habitantes:

• São Marinho;
• Fiorentino;
• Faetano;
• Borgo Maggiore;
• Acquaviva;
• Domagnano;
• Chiesanuova;
• Serravalle;
• Montegiardino.

A capital de São Marinho é a cidade com o mesmo nome, que é duas vezes menor que Serravalle. As outras cidades têm uma população aproximadamente igual. Normalmente, não ultrapassa as 5 mil pessoas.

A moeda nacional é o euro, embora, como já foi referido, a república não faça parte da zona euro. O euro tornou-se meio de pagamento oficial em São Marinho em 2002. Anteriormente, era utilizada a lira de São Marinho, mas também tinham curso legal a lira italiana e a lira do Vaticano.

As moedas são cunhadas pela Casa da Moeda local e apresentam algumas diferenças em relação às moedas adotadas nos países da UE. Elas têm o chamado lado “nacional” com um desenho especial, enquanto no outro lado estão representadas as 12 estrelas da UE, o nome San Marino e o ano de cunhagem.

Como chegar a San Marino?

A forma mais fácil de chegar a San Marino a partir de Portugal é através da Itália – não há ligações diretas, claro, mas há várias opções.

A forma mais conveniente e rápida é de avião. A partir de Lisboa, Porto ou Faro, há voos regulares para Bolonha, Milão e Roma (diretos ou com escala). O voo dura em média 2,5 a 3 horas. Bolonha é considerada a opção mais prática: de lá, é fácil chegar a Rimini de comboio em cerca de 1 hora, e de Rimini há autocarros para San Marino (cerca de 50 a 60 minutos). Todo o trajeto após a aterragem geralmente leva de 2 a 2,5 horas.

Se quiser combinar a viagem com uma visita à Itália, pode optar por um voo para Roma ou Milão. De Roma, o comboio para Rimini demora cerca de 3,5 a 4 horas, e de Milão, cerca de 2 a 2,5 horas. Esta é uma boa opção se planeia fazer uma paragem numa das grandes cidades e não tem pressa.

Para os amantes de viagens terrestres, uma boa opção é combinar avião e comboio. Muitas vezes, é vantajoso comprar um voo para Bolonha e, a partir daí, viajar pela Itália de comboio. Os comboios italianos são confortáveis e frequentes, por isso as baldeações não causam dificuldades, mesmo para quem viaja pela primeira vez.

De autocarro a partir de Portugal, a viagem é difícil e demorada. Existem voos internacionais de Lisboa ou do Porto para Itália, mas a viagem pode demorar mais de 30 horas. Esta opção só faz sentido se tiver um orçamento muito limitado ou se quiser ver metade da Europa pelo caminho. A partir de Bolonha ou Rimini, será ainda necessário um transfer adicional para San Marino.

A opção mais aventureira é viajar de carro. A distância entre Lisboa e San Marino é superior a 2000 km, e a viagem demora pelo menos 20 a 24 horas sem paragens. Por outro lado, o percurso passa por Espanha, França e Itália e é ideal para uma grande viagem de carro com visitas a vários países.

Na prática, a maioria dos viajantes escolhe a rota Portugal → Bolonha → Rimini → San Marino. Ela não requer logística complexa, não leva muito tempo e permite chegar a um dos menores países da Europa com o máximo de conforto.

Onde ficar?

Ao planear uma viagem a San Marino, é necessário reservar desde já uma quantia bastante significativa para o alojamento. As despesas serão realmente significativas e dificilmente será possível poupar: mesmo um lugar numa pousada custará pelo menos 65-70 euros. Um pouco mais económico é alugar um lugar numa pensão – em média 50 euros.

A maioria dos hotéis nas cidades-municípios de San Marino tem três ou quatro estrelas, e o nível e a qualidade do serviço são elevados em todos os locais. O custo por noite começa em 60 euros (3 estrelas) e 80-90 euros (4 estrelas).

Outra característica importante do serviço hoteleiro neste país é o alto custo dos aluguéis em qualquer região. Em outros países europeus, geralmente é possível economizar significativamente em hospedagem se, por exemplo, você se mudar para o interior. As pousadas locais oferecem apartamentos muito acolhedores com refeições caseiras e não cobram muito por eles.

A San Marino, il costo per affittare un casale è paragonabile ai prezzi degli hotel di livello 4 stelle: per due persone bisognerà pagare da 90 euro a notte.

Ecco quindi alcune opzioni di hotel San Marino con prezzi moderati:

1. Hotel Rosa – hotel 3 stelle nel centro della capitale con viste eccellenti sull'architettura medievale. L'hotel ha un ascensore e parcheggio gratuito. Ci sono camere per non fumatori. Viene servita una buona colazione. Wi-Fi gratuito;
2. Hotel Joli – hotel 3 stelle a 300 metri dal centro di San Marino. Dalle finestre si gode di una vista meravigliosa, i castelli medievali sono a pochi passi. Le camere sono ben arredate, accoglienti e curate. Dispone di parcheggio e ristorante. Wi-Fi gratuito;
3. Modà Antica Dimora – hotel 3 stelle con camere in stile antico. Arredamento eccellente, tutti i comfort: vasca, doccia, bidet. Biancheria da letto e asciugamani a pagamento. L'hotel ha un ristorante. Parcheggio e Wi-Fi gratuiti;
4. Hotel Titano – hotel 4 stelle nel centro di San Marino. Camere accoglienti e ben arredate con bagno privato, doccia, biancheria da letto, asciugamani e articoli da toeletta gratuiti. Il ristorante dell'hotel serve una colazione abbondante e gustosa. Wi-Fi e parcheggio gratuiti;
5. Hotel Rossi – hotel 3 stelle a 1,5 km dal centro della capitale. Camere curate con mobili standard. Bagni privati con bidet. Articoli per la cura personale, biancheria da letto e asciugamani gratuiti. C'è una terrazza per rilassarsi. Parcheggio e Wi-Fi gratuiti.
6. Grand Hotel – elegante hotel 4* situato nel cuore di San Marino centro, che offre viste panoramiche e comfort di alto livello. Grazie alla sua posizione, il Grand Hotel San Marino è l'ideale per passeggiare tra le stradine storiche della città e visitare le attrazioni locali.

O que ver em San Marino?

“Uma cidade cheia de atmosfera” – esta é a definição frequentemente dada a San Marino por quem teve a sorte de a visitar. É realmente um país invulgar, quase fantástico: nele mergulha-se, quase sem dar por isso, no romantismo dos tempos antigos e da Idade Média. Não é de admirar que o centro histórico de San Marino e o Monte Titano sejam Património Mundial da UNESCO, testemunhando o seu valor excecional e a sua arquitetura bem conservada

As Três Torres

Tão antigo quanto o mundo, o Monte Titano, que há mais de mil anos se tornou o ponto de partida da história de San Marino, é geralmente também o início de todas as excursões à cidade de San Marino – a capital do país.

A cidade está convenientemente localizada nos terraços da montanha, mas para visitá-la adequadamente é preciso subir até o topo – onde, há mil anos, começaram a surgir, uma após a outra, três torres – Guaita, Cesta e Montale.

Guaita (também conhecida como Prima Torre, “Primeira Torre”) surgiu antes de todas as outras, no século XI. Inicialmente era uma fortaleza de guarnição, mas após 500 anos tornou-se uma prisão municipal, função que desempenhou até 1970.

A Torre Cesta (“Segunda Torre”, outro nome é Fratta) foi definitivamente concluída no século XVI. Nela também estava alojada a guarnição da cidade, que permaneceu até ao início do século XX. Desde 1956, funciona aqui o Museu de Armas Antigas – uma exposição impressionante com mais de 700 exemplares de armaduras, alabardas, facas, lanças, mosquetes e outros.

A Torre Montale (Terceira Torre) – a mais recente das três fortalezas do Monte Titano. Construída em 1320 como torre de sinalização, durante 150 anos consecutivos foi a primeira a receber o inimigo – o exército dos Malatesta, que tentava por todos os meios conquistar San Marino.

Posteriormente, perdeu gradualmente a sua importância e agora está mesmo fechada a visitas. No entanto, a sua importância passada e os seus méritos são recordados pela imagem na moeda de 1 cêntimo de euro de São Marinho.

A excursão às Três Torres é bastante cansativa devido à longa subida até ao cume do Monte Titano, pelo que é adequada apenas para pessoas fisicamente robustas e treinadas. Um bónus agradável será a possibilidade de ver uma fantástica vista panorâmica não só de toda a San Marino, mas também de uma parte significativa das regiões italianas vizinhas.

Palácio Público

Inicialmente Casa dos Grandes Municípios (Domus Magna Comunis), construída no século XIII, e após uma significativa remodelação e redesenho no século XIX – final do século XX e até hoje – prefeitura e residência governamental: este é o longo percurso vital do Palácio do Povo, localizado na praça principal da cidade – Piazza della Libertà.

A sua arquitetura lembra muito o estilo dos antigos palácios italianos, com as suas galerias em arco, fachadas ricamente decoradas e acolhedores pátios internos.

Atualmente, é aqui que se reúne o conselho municipal, o governo do país e as suas principais figuras – os Capitães Regentes.

A visita ao Palácio Público custa 9 euros. Torna-se particularmente espetacular se começar com a cerimónia da troca da guarda, que se realiza não muito longe, na Piazza della Libertà. É necessário chegar a São Marinho entre maio e setembro: noutras épocas, as cerimónias não se realizam. O início é às 9:30 e, depois, a cada hora até às 17:30.

Museu da Tortura

A apenas 10 metros da Porta Principal, no centro histórico da capital de San Marino, pode entrar num dos locais mais chocantes da Europa. Aqui, num pequeno edifício de estrutura medieval, encontra-se a exposição de instrumentos de tortura dos séculos XVI-XVII – o período de florescimento do Santo Ofício.

Os artefactos expostos – cadeiras de tortura, guilhotinas, instrumentos para esfolar pessoas vivas – chocam até mesmo as pessoas mais resistentes e com nervos de aço. Pessoas sensíveis, mulheres grávidas e crianças não devem visitar o museu.

Além disso, grande interesse representa a exposição local de figuras em cera de personagens históricos famosos – Napoleão Bonaparte, Giuseppe Garibaldi, o Papa e outros.

A propósito, perto do Museu da Tortura encontra-se o antigo refúgio das freiras clarissas – o mosteiro de Santa Chiara. As freiras abandonaram-no há mais de meio século e agora, no território do mosteiro, encontram-se a Universidade de São Marinho e outro museu – completamente pacífico, o Museu da Emigração.

Festas e eventos

A principal razão para planear especificamente férias em São Marinho na segunda quinzena de julho é a extraordinária e espetacular festa da Idade Média.

Durante apenas cinco dias, a cidade mergulha na sua história remota: os trajes nacionais antigos são retirados dos armários da família, e os bares e cafés servem um menu especial – pratos que remontam à Idade Média.

As ruas ficam repletas de uma multidão barulhenta – como se tivessem saído das pinturas de artistas italianos severos, artesãos, padeiros de bochechas rosadas, adivinhas brincalhonas, soldados – assim, os cidadãos modernos revivem, pelo menos por alguns dias, a atmosfera indescritível do romantismo medieval.

Vale a pena observar a festa nacional, pelo menos à distância, ou, no máximo, juntar-se a este evento colorido.

Nos últimos anos, o San Marino Song Contest vem ganhando popularidade e atraindo a atenção dos fãs italianos. Trata-se de um concurso musical que determina o participante representante de San Marino no Eurovision. Por exemplo, em 2025, o vencedor do concurso foi o italiano Gabry Ponte com a canção “Tutta L'Italia”. A sua importância cresce a cada ano, tornando-o um tema de discussão popular e uma excelente oportunidade para visitar San Marino.

O que provar?

Num país rodeado por todos os lados pela Itália e onde se fala italiano, é difícil esperar algo muito original, que seja radicalmente diferente da cozinha italiana. E é assim: não há tradições culinárias autóctones em San Marino, embora a restauração local impressiona pela quantidade de propostas diversificadas, pela sua qualidade e nível.

Nos fast food e nas praças de alimentação dos centros comerciais, é possível comer por 5 a 10 €, ou 10 a 15 € por um menu turístico completo. Um jantar para duas pessoas num bom restaurante custa 80 a 100 €, aos quais deve ser adicionada uma gorjeta de 10 a 15%, muitas vezes já incluída na conta.

O que experimentar em San Marino? Os restaurantes de San Marino oferecem pratos italianos bem conhecidos, mas preparados com nuances e toques locais:

• Massas com diferentes molhos. Vale a pena prestar atenção especial aos strozzapreti – tubos curtos de massa de forma irregular porque são torcidos à mão, com molho de hortelã e queijo adicionado;
• Feijão com cotichas – sopa de feijão com bacon;
• Coelho frito com funcho;
• Um pedaço do bolo de chocolate “Tre Monti” (“Tre Torri”) – uma excelente conclusão para um almoço abundante.

Como lembrança de alguns dias em San Marino e como souvenir para quem espera em casa, vale a pena comprar alguns frascos de mel local de castanha e acácia, e para a coleção do bar doméstico – os licores de San Marino, por exemplo, o “Tilus”, que se destaca pelo seu aroma amargo de trufas e sabor residual.

San Marino – pequena, acolhedora, muito bonita – como uma máquina do tempo que transporta imediatamente os seus visitantes para a distante Idade Média. As principais atrações de San Marino incluem torres medievais, museus e mirantes panorâmicos com vistas espetaculares da Itália. Perfeito para quem ama história, beleza e tranquilidade.

Perguntas frequentes