Dia da Madeira
Oficialmente designado por “Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses”, o Dia da Madeira celebra a autonomia da Região Autónoma da Madeira concedida por Portugal na Constituição Portuguesa de 1976, altura em que a ilha ganhou poder legislativo.
Oficialmente designado por “Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses”, o Dia da Madeira celebra a autonomia da Região Autónoma da Madeira concedida por Portugal na Constituição Portuguesa de 1976, altura em que a ilha ganhou poder legislativo.
Este dia é feriado na Região Autónoma da Madeira e é celebrado com vários eventos. São exemplo disso concertos, espectáculos de dança, fogo de artifício e salvas de grinaldas, reuniões solenes na Assembleia Legislativa da Região, deposição de flores no monumento à Autonomia, cerimónia de entrega de insígnias madeirenses, missa Te Deum na Sé Catedral do Funchal, etc.
Nome completo | Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses |
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Data | 1 de julho de 1979 |
Cidade de celebração | Funchal e em toda a Região. Está associado à Autonomia da Região Autónoma da Madeira, instituída pela Constituição da República Portuguesa de 1976 |
Periodicidade | Anual |
Eventos festivos | Lançamento de foguetes e fogo de artifício, cerimónia na Assembleia Legislativa, deposição de flores na estátua da Autonomia por funcionários regionais, missa Te Deum na Sé Catedral do Funchal |
O objetivo do feriado | Promover os valores dos portugueses, utilizar a organização administrativa do regime autonómico e o património humanístico das autarquias locais |
Os principais símbolos | A bandeira, o brasão, o hino, a Chama da Autonomia e um monumento na Praça da Autonomia, no Funchal |
Os principais intervenientes | O Presidente do Governo Regional da Madeira, o Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma, o Representante da República na Região Autónoma da Madeira, a Guarda de Honra e o Comandante da Zona Militar do arquipélago. |
História do Dia da Madeira
O Dia da Madeira, descoberto entre 1417 e 1420 pelos navegadores portugueses João Gonçalves Sarko, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrela, assinala a comemoração do dia da autonomia do arquipélago, estabelecido na Constituição Portuguesa de 1976.
A história do feriado remete-nos para a história do arquipélago. Para conhecer a história da Madeira, é preciso recuar a 1418, quando marinheiros liderados por João Gonçalves Sarko descobriram, após muitos dias à deriva em alto mar, uma pequena ilha que os salvou de um destino fatal. O porto de abrigo foi batizado de Porto Santo. Um ano mais tarde, em 1419, chegaram à ilha, que foi apelidada de Madeira devido ao grande número de árvores existentes. Até hoje, a história deste lugar fantástico está associada a lendas, uma das quais afirma que a ilha ardeu continuamente durante sete anos para que a extensa vegetação pudesse ser completamente desbravada e se tornasse habitada.
Em 1497, D. Manuel incorporou a Madeira no Reino de Portugal e declarou o Funchal como capital de todo o arquipélago.
Exatamente dois anos após a queda do regime salazarista, em 25 de abril de 1974, entrou em vigor a atual Constituição Portuguesa, que reconheceu pela primeira vez a autonomia política dos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Os órgãos políticos regionais adoptaram gradualmente vários símbolos para assinalar e celebrar esta autonomia: para além do feriado regional, adoptaram uma bandeira, um brasão, um hino, bem como novos topónimos e esculturas.
O feriado regional foi instituído em 1979 pela Assembleia Regional, que justificou a escolha do dia 1 de julho, data do descobrimento da Ilha da Madeira em 1419, em detrimento do dia 1 de novembro, data do descobrimento do Porto Santo em 1418, uma vez que este último é hoje feriado nacional, o Dia de Todos os Santos.
Em 1989, a Assembleia adoptou a atual designação do feriado (Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses), que começava a evocar associações com a diáspora emigrante do arquipélago, por proposta unânime do II Congresso das Comunidades Madeirenses.
A 1 de julho de 1987, foi inaugurado um monumento em homenagem à autonomia do arquipélago, construído junto ao Aeroporto da Madeira, da autoria de Ricardo Veloso. Três anos mais tarde, após a inauguração da Praça da Autonomia, a 1 de julho de 1990, no Funchal, onde foi acesa a Chama da Autonomia, o monumento foi transferido para a praça.
Eventos do Dia da Madeira
A celebração tem lugar em todo o arquipélago, mas vamos concentrar-nos nos eventos na capital.
- A comemoração do Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses inicia-se com uma guarda de honra a nível de companhia (constituída por uma orquestra e fanfarra, o estandarte nacional e o guião do regimento de guarnição), no Largo da Capela de Santo António da Maurária, junto à Assembleia Legislativa Regional.
- Seguiu-se uma reunião solene dedicada ao Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses, presidida por José Manuel Rodrigues, no salão nobre do parlamento regional.
- Cerimónia de deposição de coroa de flores na Estátua da Autonomia.
- Cerimónia de entrega de distinções madeirenses no Centro de Congressos da Madeira.
- Celebração da Missa do Te Deum na Sé Catedral do Funchal, presidida pelo Bispo D. Nuno Brás e com a presença do Arcebispo D. José Rodrigues Carballo. A Eucaristia será interpretada pelo Coro de Câmara e por elementos da Orquestra Clássica da Madeira.
- As festividades terminam com um concerto da Orquestra Clássica da Madeira na Praça do Povo.
A celebração inclui concertos, festivais e encontros, que são tão ricos no arquipélago.
Festa da Juventude Madeira, Parque de Santa Catarina
Nos dias 1 e 2 de setembro, a Madeira acolhe a Festa da Juventude Madeira.
A decorrer no Parque de Santa Catarina, no Funchal, nos dias 1 e 2 de setembro, a Festa da Juventude da Madeira é o renascer de uma marca que se realizou pela primeira vez há cerca de quarenta anos, o que faz dela o mais antigo festival de música do arquipélago.
É o mais antigo festival de música com um programa de animação rico, onde se destacam grandes nomes de relevo nacional e regional e novas figuras.
O festival regressou em 2023, mais de quatro décadas depois, com o mesmo conceito, mas com um novo promotor, apoiando um registo musical universal destinado a jovens de todos os meios sociais. Este evento será promovido com a ajuda do parceiro oficial, a Câmara Municipal do Funchal, que, com o objetivo de sensibilizar os jovens para os bons hábitos e costumes e atrair novos fluxos turísticos, organiza diversos eventos e promoções através do Departamento de Desporto Juvenil.
O Parque de Santa Catarina é um marco da cidade com 35.200 m².
O parque foi projetado pelo primeiro arquiteto paisagista português, Francisco Caldeira Cabral, e nos 40 anos seguintes, outros autores desenharam o que hoje é conhecido como Parque de Santa Catarina.
Foi o local do cemitério de Nossa Senhora das Angústias a partir de 1837, que foi transferido para São Martins entre 1939 e 1944. A Capela de Santa Catarina é a parte central desta composição, sendo o primeiro templo religioso construído na Madeira em 1425, com uma vista deslumbrante sobre o Porto do Funchal.
No seu limite ocidental encontra-se a Quinta Vigia, que é atualmente a residência oficial e gabinete do Presidente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira.
O parque oferece um vasto leque de actividades de lazer e uma natureza deslumbrante. Algumas das atracções do parque incluem um lago com patos e cisnes, um parque infantil, um grande relvado, canteiros de flores, áreas de piquenique e um trilho para caminhadas que leva a um miradouro com vistas panorâmicas do Funchal e do Oceano Atlântico.
Para além disso, o parque alberga várias espécies de plantas e árvores exóticas que são cuidadosamente cultivadas para criar uma paisagem luxuriante e colorida.
Existem muitas esculturas e outras obras de arte em todo o parque. Estas incluem estátuas do Infante D. Henrique e de Cristóvão Colombo, duas personalidades com profundas ligações históricas à Madeira.
Atrair turistas e promover a Madeira
A Madeira, com as suas paisagens deslumbrantes, os seus azuis e verdes sem precedentes e o seu clima ameno, é uma ilha onde o tempo e o espaço se conjugam para proporcionar uma experiência inesquecível a quem a visita e a quem tem o privilégio de a habitar.
Os pontos altos de uma viagem à Madeira são, sem dúvida, sobretudo paisagísticos: falésias de cortar a respiração, formações rochosas bizarras, pequenas aldeias agarradas às falésias como ninhos de andorinhas, cascatas de água corrente e flores tão diversas e ricas em cores que dificilmente se encontram em qualquer outra parte do mundo.
A atividade turística na Madeira é um fator vital para o desenvolvimento da região. De facto, o turismo, pela sua importância económica e social, é um importante pilar da economia e do desenvolvimento da região, pois representa um excelente mercado para os produtos locais. Assim, está a tornar-se o sector com maior peso na economia regional, trazendo consigo um conjunto de actividades, tanto comerciais como de serviços muito importantes.
Na Madeira, o turismo é visto como um fator estratégico para o desenvolvimento económico da região. Por outro lado, contribui para a melhoria da qualidade de vida da população madeirense. De facto, à medida que a economia do arquipélago cresce e se desenvolve, verifica-se uma tendência para um provável aumento do nível de vida da população.
Para além de contribuir para a economia da região, o turismo é também um excelente meio de desenvolvimento da cultura regional. Em muitos casos, é através do turismo que a Ilha da Madeira valoriza os seus usos e costumes. De facto, muitas expressões culturais (danças populares, eventos culturais, etc.) são reavivadas graças ao turismo.
A singularidade geográfica que caracteriza a ilha confere-lhe o estatuto de lugar insólito, um paraíso exótico e único que apela aos cinco sentidos dos turistas. A paisagem e o clima são dois dos principais atributos das campanhas publicitárias. No entanto, os promotores turísticos são incentivados a valorizar mais os aspectos culturais da ilha nas suas promoções, uma vez que os turistas que visitam a Madeira querem levar consigo memórias relacionadas não só com a paisagem, mas também com a cultura.